terça-feira, janeiro 08, 2013

Brasil: país dos artifícios políticos


Hoje, acordei a pensar no imenso terrítório, o qual chamamos Brasil, nosso país, a nação de inúmeras etnias, o mundo da miscigenação. Desde o princípio, ouvimos falar em mistura de raças, nas diferentes cores que fazem parte do universo brasileiro. Admirável povo, admirável cultura, que, para mim, não representa mais do que um jogo político, um jogo de interesses, onde busca-se privilegiar aqueles que, no passado, foram vítimas de preconceito e violência, por serem considerados a raça inferior, a mistura entre portugueses e indígenas, ou o povo escravizado, os africanos.
Em 2013, porém, nós, gerações do século 21, somos convidados a assistir ao espetáculo do "não ao preconceito", que parte do governo federal, facilitando o acesso dos "inferiores do passado" ao Ensino Superior. Aplausos para a Lei das Cotas!
No Brasil, não se investe em educação, não se investe em políticas conta o preconceito, mas sim, ressalta-se as diferenças, destaca-se, em todos os concursos públicos, que uns possuem capacidade para a aprovação e outros, não. Então, para que o poder seja conservado nas mãos dos "pais dos pobres", cria-se um artifício político com o objetivo de pedir perdão pelas injustiças cometidas no Império e, inclusive, na República brasileiros.
Sou contra a Lei de Cotas, pois a cor da pele não diz que uma pessoa é incapaz de concorrer com outro de cor diferente. Sou branca, estudei o Ensino Médio em escola privada com bolsa integral e tenho certeza que muitos negros, pardos e indígenas entrarão no Ensino Superior com um nível de conhecimento equiparado ao meu ou, até mesmo, inferior. Não fui aprovada em nenhuma universidade pública, tive uma péssima nota na redação do Exame Nacional do Ensino Médio e sei que parte de tudo isso é culpa do governo corrupto que nós, brasileiros, elegemos.
 
Não sou diferente de ninguém. A capacidade de lutar por nossos sonhos faz parte de todo o ser humano, independente de cor, sexo ou idade. Não precisamos de cotas, precisamos de respeito, precisamos de educação de qualidade desde o Ensino Fundamental, para que todas as crianças tornem-se adultos conscientes e satisfeitos com sua identidade pessoal e nacional.

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