sexta-feira, março 08, 2013

Mulher de ontem e de hoje

Eis que chegamos a mais um Dia Internacional da Mulher! É certo que, a cada ano, as homenagens mudam, pois nossos pensamentos, hoje, são diferentes dos de um ano atrás. No entanto, qual foi a evolução alcançada desde aquele 8 de março, quando as operárias foram mortas queimadas, até agora, 8 de março de 2013, em pleno século 21?
Poderíamos discutir sobre a violência sexual, o abuso, sobre a posição das mulheres no mercado de trabalho, as causas para o aumento nos índices de estupro, por exemplo, ou, ainda, falarmos sobre as diferenças culturais de um país para outro e o modo de ser de uma mulher ocidental e de uma oriental. Enfim, há muito o que criticar, há muito o que discutir, mas eu, como uma jovem mulher, penso ser mais certo agir do que falar.
Há pesquisas atuais apontando que a cada dez mulheres, sete sofrerão algum tipo de violência. Uma realidade assustadora, que revela o quão grande ainda é o preconceito e o desrespeito para com classe feminina, vista pela sociedade como alguém frágil, incapaz de conquistar seu espaço no mercado de trabalho e nas relações públicas, na vida social. Vivemos o auge da tecnologia e a maioria dos avanços, a própria "ascensão" do Brasil no mercado internacional, por exemplo, foram conseguidos com o trabalho feminimo. À frente de nosso país está a prova maior, uma presidenta, a primeira da história brasileira. A cada dia, crescemos no mundo, conquistamos nosso espaço, mas ainda há muito o que mudar, ainda existe uma parte da história que precisa ser reconstruída, sem que haja diferenças salariais entre mulheres e homens, onde inexista distinção entre valores de ingressos feminimo e masculino para festas. Nós, mulheres, somos muito. Podemos ser mães, filhas, mas também podemos nos destacar no mercado de trabalho, somos capazes de construir um mundo melhor tanto quanto os homens. Somos seres humanos, dotados de conhecimento e de capacidade para lutarmos por uma sociedade sem preconceito e sem violência.
As diferenças culturais entre ocidente e oriente são pontos de críticas tanto para nós, ocidentais, como para os que estão do lado de lá. Estamos acostumadas a uma sociedade onde ser livre para expressar-se, vestir-se e opinar é um direito, mas esse mesmo ambiente social é o que reprime e condena a mulher por usar uma roupa mais ousada, por ter uma opinião bem formada e por estar conquistando mais postos de empregos do que os homens.
Sempre fala-se que dia da mulher é todo o dia, então, pensemos todo o dia e mudemos nossas atitudes! Que ontem, hoje e amanhã, sejamos mais humanos e menos preconceituosos. Mulheres, não baixemos nossos olhos diante da violência e da injustiça, lutemos por nossos direitos, pois ainda estamos no princípio de uma batalha pela igualdade de gêneros.
 
"Não se nasce mulher: torna-se." (Simone de Beauvoir)

sábado, março 02, 2013

Para março, quero o presente e o futuro!

Março chegou e, junto ao terceiro mês do ano, novos caminhos mostram-se a frente. Muita coisa aconteceu em poucos dias. Um turbilhão de pensamentos e sentimentos tomou conta de mim, porém ainda não é possível saber se as decisões tomadas foram as mais certas. É preciso paciência e educação para que não se chegue ao extremo em todos os momentos.
Tenho pensado em como será daqui para frente. Às vezes, sinto certa insegurança misturada a um sentimento de auto confiança. É difícil sobreviver aos impasses com que nos deparamos diariamente. No entanto, se ainda estamos aqui é porque temos força suficiente para irmos até o fim. Ao mesmo tempo em que me sinto perdida, também gosto dessa incrível sensação de liberdade.
Em março, quero sorrir mais do que em fevereiro, quero aproveitar cada segundo como se fosse o último e não pensar no que passou. Quero deixar tudo esquecido por um tempo, não relembrar, não sentir saudade, não sofrer. Quem sabe, em abril, as lembranças reviverão em minha memória, mas por enquanto quero viver  o presente e o futuro.
Um ótimo final de semana a todos!

sexta-feira, março 01, 2013

C.F.A. : Parece que ele sabe o que eu sinto!

 
 
"Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia — qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido. Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina. Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo." (Caio Fernando Abreu)
 
Não é necessário que se diga mais nada. As palavras de Caio bastam.