Diferenças que fazem toda a diferença

As aulas de redação com a Professora Neusa Costa sempre dão o que falar no 3º ano. É um dos momentos onde discutimos os temas atuais, criticamos nosso país, encontramos pontos positivos onde parece não haver, enfim, despertamos nosso senso crítico. Hoje, o tema foi a Rio+20.

Diversas opiniões foram dadas e a conversa, para mim, teve maior valor quando puder falar de uma experiência vivida enquanto assistia a uma palestra de um santiaguense. Enfim, já faz tempo, mas lembro-me que perguntei porque o Papa, maior autoridade da Igreja Católica, vivia em meio à riqueza, se Jesus Cristo nasceu em uma manjedoura, rodeado por animais, enquanto crianças, jovens, adultos e idosos sentem fome e frio em todas as partes do mundo? Ao ser questionado, o palestrante simplesmente disse: "Quem pergunta isso, é ignorante." Falou mais algumas palavras, as quais eu não lembro, pois não serviram como resposta a minha pergunta e, se quer, conquistaram-me. 

Faço, então, uma pergunta aos jovens: "O que podemos fazer agora?" Falem que sou ignorante, podem falar, mas acredito que a nossa geração ainda pode fazer algo para salvar, não só o Brasil, mas o mundo inteiro. Quando parei para pensar hoje, percebi que estamos prestes a entrar em uma crise mundial, muito diferente de crises econômicas ou políticas, mas uma crise humana, onde as pessoas, aos poucos, se perderão por entre seus próprios desejos e não saberão por onde andar. Talvez, o fim do mundo seja em 2012. O mundo não acabará, o que entrará em extermínio são os que merecem. Quem sabe, até eu esteja nesse grupo, pois não sou mais do que ninguém para fazer julgamento, mas, cá entre nós, há um grupo que tem tendência a sofrer e ter um fim cruel. Tem gente que pensa ser tudo, enquanto é menos que nada.

A mudança precisa ser breve e deve partir de quem ainda tem força, tem ideias motivadoras e é a maioria. A mudança tem de ser para ontem e não para hoje ou para amanhã.