domingo, maio 13, 2012

Mãe, amor que não se dissolve

Fala-se tanto em amor. Fala-se muito no amor entre homem e mulher, nas desilusões, nos medos que uma relação pode trazer e então, palavras são procuradas para descrever o amor, o qual, na maioria das vezes, assume um caráter de tristeza e não, de harmonia, carinho, afeto. Venho falar, porém, de um amor verdadeiro, de um amor que não se dissolve em minutos, num amor que não precisa de anos para ser construído, de um amor que é construído em nove meses. Amor este que faz falta se não o temos e, por isso, é tão importante, inevitável não precisar de um ombro amigo, de alguém que estará junto aqui ou lá, de alguém que saberá dizer o que é certo e o que é errado e ensinará que é melhor pensar antes de agir. 
Lembro-me da primeira vez em que saí à noite. Quando voltei, ela estava acordada, veio conversar comigo, ver se eu estava bem e não encarei isso como um ato de desconfiança, mas sim, de amor. Lembro-me de uma das apresentações na escola em homenagem a ela, cantamos "(...)Acho que no dia que você nasceu, os anjos foram ver o rosto seu, por isso, você é tão linda. Primeiro beijo que você me deu, parece que foi um sonho meu, tanto tempo e eu gosto dele ainda, só porque um pedacinho do seu coração é meu, é meu, é meu (...)". Lembro, também dos medos que terminaram, da mão carinhosa que arrumava meu cabelo e já trocou minhas fraldas. Lembro de quando ela me viu chorando e veio, então, saber o que era, tentar resolver. Lembro das soluções rápidas, encontradas em meio ao sufoco e da correria, que seria muito maior se ela não preparasse o almoço, café e janta. 
O tempo passou. Eu cresci. As coisas mudaram, as responsabilidades e as incertezas me acompanham ainda mais, porém ela está mais presente do que nunca, apoiando, preocupada, cansada, mas do meu lado, como parceira, como amiga, como mãe! É por isso que agradeço a Deus por ela, pelo amor que lhe foi dado, por Deus ter a incumbido de cuidar de mim, ter dado a ela o dom de amar mesmo eu errando e tropeçando. 

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