Terminei de ler ontem a última parte da triologia O Tempo e o Vento, sendo que esta é considerada pelo próprio Érico Veríssimo sua obra máxima. Fiquei realmente encantada! Enquanto se lê não se dá o verdadeiro valor, mas depois que a história chega ao fim, daí, sim, sente-se "saudade". Sim, estou um tanto quanto perdida. É claro que lerei outros livros, mas a história da Família Terra Cambará, iniciada por Ana Terra, é, além de uma verdadeira árvore genealógica, a narração do Rio Grande do Sul, enquanto este é formado. Com uma união de personalidades distintas, mulheres reprimidas, homens valentes, jovens com medo de enfrentar as guerras, Érico nos leva a entender o porque de hoje o gaúcho se mostrar tão tradicional, tão rico em histórias.
Os livros do escritor gaúcho sempre me fascinam, mas confesso que O Tempo e o Vento me surpreendeu. Nem acredito que consegui terminar de ler os sete livros que formam a triologia e quer saber? Dá vontade de ler tudo de novo, dá vontade de viver cada um daqueles momentos.
Ana Terra, livro que inicia O Continente, o qual é a primeira parte, conta a história de uma mulher fortemente reprimida pelo pai e pelos irmãos e que, mesmo assim, mostra-se corajosa, enfrentando o mundo, com a cunhada e o filho, após ter sua casa invadida por argentinos. Assim, Ana chega até Santa Fé, pequena Vila, na qual se desenvolve toda a história, até o dia em que Rodrigo Cambará, em O Arquipélago, última parte da triologia, encantado com o Rio de Janeiro, passa a viver mais lá do que no Rio Grande do Sul. É um livro de grandes emoções, traz surpresas. Se eu pudesse, pediria a Érico Veríssimo que me colocasse na história ou que, ao menos, incluísse a Clarissa Albuquerque, personagem de outro livro do autor, em sua narração.
Capa da minissérie, produzida pela Rede Globo, em que Glória Pires representa a corajosa Ana Terra e Tarcísio Meira, o sedutor Capitão Rodrigo.
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