A Semana Farroupilha 2012 chega a seu fim nesta quinta-feira. A gauchada presenciou uma variedade de sensações relacionadas ao clima, pois fez de tudo: calor, frio, chuva (Graças a Deus!) e um belo sol para encerrar a comemoração gaúcha. Não participei das comemorações como nos cinco últimos anos, na verdade, eu não estava tão animada. Acredito que não é nada contra a tradição, porque tenho orgulho de ser gaúcha e sei que continuarei com esse amor pelo Rio Grande do Sul, então, deve ser por causa do cansaço, preocupação com o final do ano.
A história do Rio Grande do Sul é um tanto quanto confusa devido aos diferentes rumos tomados diante de conflitos e conquistas históricos. Já ouvi inúmeras críticas com relação ao que se comemora durante a Semana Farroupilha, mas encaro a mesma como um cultivo às tradições, como uma forma de permitir que os "gauchinhos", que, na maioria das vezes, não convivem diretamente com a "lida campeira", possam levar em frente os ideias da cultura farroupilha.
Estou escutando a rádio Santiago, que transmite o desfile de 20 de Setembro e os radialistas comentam sobre a participação dos santiaguenses no dia de hoje, que parece ser maior do que o número de participantes do desfile de encerramento da Semana da Pátria. Eles, ainda, comentam sobre o espírito gauchesco se sobrepor ao espírito de brasileiro, visto que, muitos dizem: "Primeiro, sou gaúcho e, depois, brasileiro." Eu, particularmente, sou uma das que fala assim. Do ponto de vista histórico, a formação do Brasil não me chama tanta atenção quanto a história gaúcha.
A essência farroupilha não pode ser apagada ao longo do tempo. Deve permanecer, bater de leve na janela, às vezes, outras, por sua vez, vir com força, como o vento minuano. Ao trotear do cavalo, no estralar das chamas que assarão a carne, que prepararão o churrasco, no sorvo do mate e latir do cusco amigo e companheiro, o gaúcho deve passar, de geração para geração, parte de seus preceitos e, principalmente, o amor e o orgulho de pertencer à região dos pampas.
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