Toda a história de amor pode ter um fim,
quando não há forças para continuar lutando,
quando estamos cansados,
quando pensamos que não vale a pena
e assim, a vida parece perder o sentido
e de repente, acordamos e percebemos
que o mundo ainda está nos esperando.
Reviramos baús, procuramos as velhas músicas,
tentamos chorar por ele,
mas não conseguimos, porque aquele sentimento acabou.
Porque tudo se perdeu!
Talvez, estejamos enganados
e quando estabelecermos uma comunicação, tudo voltará,
mas às vezes, a certeza é tão grande,
que acaba pondo fim a tudo
e nunca mais é possível sonhar como já se sonhou,
porque o passado traz medo,
traz uma escuridão sem fim.
Porém, há um cadeado que nos impede de voltar.
Um cadeado conhecido como orgulho,
o qual no princípio, quase nos deixa loucos,
mas depois, vem o costume.
O velho e bom costume que nos ajuda
a nos acostumarmos com o fato de vivermos sós,
sem alguém para caminhar diariamente conosco,
causando lágrimas ou sorrisos.
No caso de quem sofreu, nem mesmo lágrimas
e sim, olhares de desconfiança,
porque o tempo desgasta os sentimentos,
mas só quem é fraco o suficiente
pode se dobrar aos moldes do amor
carregando não só as lembranças, mas o grande amor ao seu lado para sempre.
Procuro essa distância
como sinônimo de anti-angustia,
para evitar que nossos olhos,
daqui um tempo, não suportem,
se quer, se cruzar em meio a multidão.
É melhor assim mesmo...cada um no seu canto
fugindo um do outro e tentando resolver as angústias
com as pedras que encontramos no caminho.
(Escrito em 30 de maio de 2011)
