quinta-feira, janeiro 31, 2013

Aos poucos, volta a velha saudade.

Sinto a angústia, mais uma vez, por perceber que se aproxima a hora de novamente dizer "até logo", sem saber, ao certo, quando será esse "logo". Tudo seria mais fácil se não houvesse distância, se não existisse a saudade, se nós não fossemos tão frágeis diante da vida. As coisas seriam mais simples se tivessemos evitado, mas não evitamos, insistimos e, então, agora, estamos nas mãos do destino. No meio do caminho, aparecerão todos os obstáculos e, talvez, eles sejam o necessário para nos fortalecermos ou não. De repente, daqui três meses, estaremos olhando um no olho do outro e rindo de todos os impasses superados ou, daqui três anos, encontraremo-nos, mas sem aquela história de coração bater mais forte, de nervosismo, quem sabe, seremos apenas amigos como fomos por muito tempo. Não se sabe o que virá e é isso o que angustia. Estamos perdidos nessa imensidão chamada mundo e, talvez, veremo-nos num desses encontros casuais que a vida proporciona ou, quem sabe, num local, com hora marcada, para colocarmos fim nessa espera. Já sinto uma saudade antecipada.

terça-feira, janeiro 29, 2013

Sobre o Carnaval e os comentários do povo

Desde ontem, tenho lido diversas opiniões a respeito do Carnaval 2013 em nossa região...Certamente, concordo com algumas pessoas e discordo de outras. No entanto, o que me chateia é que muitos "invertem" as coisas, criam fantasias e acabam por falar bobagens, através de palavras que deixam claro a falta de solidariedade para com os familiares e amigos das vítimas.
Eu, particularmente, acredito que o respeito àqueles que morreram não precisa ser expresso com o cancelamento de festas populares, mas não esqueçamos dos inúmeros pais, irmãos, avós e tios que, além de terem perdido jovens, vivem a angústia, o anseio, devido ao tamanho da tragédia. As administrações municipais, com base no que acreditam ser o mais certo, são as pessoas destinadas a decidir se o Carnaval acontecerá ou não em cada cidade, porém cabe a cada cidadão ir ou não. De nada adianta as festas serem canceladas, se muitos gostariam de participar e, inclusive, estão no clima carnavalesco. No momento, não vejo clima algum para comemorações, mas falo por mim, essa é a minha opinião.
Outro fato que me deixa perplexa são comentários acerca da presença de Deus em ambientes de festa ou não. Acredito que Deus está no coração de cada um e, muitas vezes, meninas que usam saia curta e homens que bebem e fumam tem uma fé mais intensa do que muitos que desfilam por aí vestidos de acordo com o que a sociedade julga ser decente ou não ingerem nenhum tipo de bebida alcoólica. Não fumo e não uso roupas "indecentes" quando vou a festas, fui no carnaval uma vez acompanhada por meus pais e, realmente, não acredito que alguém, se quer eu, tenha a capacidade de dizer onde Deus está ou não. Sei apenas que Ele caminha sempre ao meu lado, porque tenho fé e busco sempre seguir a trilha do bem.
Às vezes, leio comentários na Internet que me deixam com vergonha dos familiares que estão sofrendo.
Por hoje, não tenho mais o que dizer. Fica aqui, minha opinião, apenas isso.

segunda-feira, janeiro 28, 2013

Perdas, tristeza, Luto !

A segunda-feira, que era para ser o retorno de um final de semana, onde, nós, descansados e tranquilos, voltariamos ao trabalho e estudo, transformou-se em lembranças de um domingo trágico e, por isso, triste. Não sei, ao certo, o que escrever sobre o acidente em Santa Maria, sobre a dor que centenas de famílias estão sentindo, sobre as vítimas. Imagino, a cada instante, a sensação de terror e a tristeza daqueles que estavam presentes na boate Kiss e viram sua própria vida e a dos demais terminarem entre as chamas.
É um tanto quanto assustador imaginar o que cada vítima pensou, se é que houve tempo para pensar em algo. Relatos de sobreviventes, lágrimas de mães e pais, amigos sem chão, coincidências, medo e centenas de vidas salvas. Hoje, a vida continua, mas continua de modo diferente, com muitas perdas. De alguma forma ou de outra, uma parte de cada um de nós morreu.
Sou jovem e tenho, inclusive, amigos que irão estudar em Santa Maria...É difícil acreditar que sonhos se esfacelaram, mentes brilhantes, criativas e com todo o desejo do mundo de serem felizes saíram para uma festa, comemoração e não voltaram.
Um sentimento de tristeza e impotência tomou conta do Brasil ontem e, então, agora, restou a dor, quem sabe, o arrependimento, por parte de alguns, o medo e a dúvida quanto ao porquê de tudo isso. Não é preciso conhecer alguém que lá estava para poder imaginar e, porque não, sentir a perda de tantas pessoas de forma brusca e triste.
Para nós, resta a fé, a esperança e, principalmente, a precaução, os cuidados. É importante, agora, cuidarmos uns dos outros, buscarmos lugares seguros e, inclusive, não deixar para amanhã o que se pode fazer hoje. Nesse momento, agradecer a Deus pela vida e pedir a Ele que ilumine os coração que sofrem é a melhor forma de encontrarmos forças para darmos continuidade à caminhada.
 
 
Não há dinheiro, não há nada nesse mundo que substitua uma vida. Não se sabe quem foi o culpado, não se sabe se há um culpado, não se sabe o que acontecerá daqui para frente...Tudo depende de nós!

quinta-feira, janeiro 24, 2013

Palavras de Caio

Encontrei, por acaso, as seguintes palavras de Caio Fernando Abreu. Resolvi postar para que não se percam, pois, quem sabe, um dia, eu farei delas minhas palavras.

"Tenho trabalhado tanto, mas sempre penso em você. Mais de tardezinha que de manhã, mais naqueles dias que parecem poeira assenta e com mais força quando a noite avança. Não são pensamentos escuros, embora noturnos… Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você. Eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende? Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu. Mas se você tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia — qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido. Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina. Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo. Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você, para mim. Te escrevo, enfim, me ocorre agora, porque nem você nem eu somos descartáveis. … E eu acho que é por isso que te escrevo, para cuidar de ti, para cuidar de mim – para não querer, violentamente não querer de maneira alguma ficar na sua memória, seu coração, sua cabeça, como uma sombra escura."

É preciso rever sentimentos.

Queria que as coisas fossem mais fáceis, que acontecessem no tempo certo, no lugar certo. Chega de tanta confusão, de problemas, de sentimentos complicados, chega de passado, de histórias mal resolvidas. É preciso dar um basta em tudo o que corrói os corações, é preciso colocar no lixo o que não faz bem, o que um dia causou dor.

quarta-feira, janeiro 23, 2013

Pontos finais e reticências

Há pessoas que entram em nossas vidas não para ficarem para sempre, mas para deixarem lembranças de momentos que foram únicos, momentos que jamais voltarão. Se ficou para trás, talvez, tenha sido uma história mal resolvida que, até hoje, deixa marcas ruins. Quem sabe, tenha de ser refeita, quem sabe, precise de um ponto final logo. Corações podem ser machucados, pessoas decepcionadas. Tenho percebido que, para iniciar uma nova história, a antiga não pode "terminar" com reticências.

domingo, janeiro 20, 2013

Meu aniversário: O dia valeu a pena.

É hora de agradecer por mais um ano de vida, por mais uma oportunidade ser feliz concedida por Deus a mim. É chegado o momento de ser melhor do que antes, é chegado o dia de "crescer", de olhar para o sol, de admirar as estrelas e aprender a dar valor àqueles que estão ao meu lado pelo bem e não por interesse ou coisa do tipo. Estou feliz! Hoje, as distâncias se transformaram em abraços, em felicitações, hoje, tenho perto de mim os que são de sangue e os que são por destino mesmo. O dia valeu a pena!

Não sei o que esse ano e essa data reservam para mim, porém o desejo de ser feliz deve estar dentro de cada um. O segredo é deixar que a felicidade se torne uma explosão de momentos bons e inesquecíveis. O amanhã é incerto, tenho essa certeza, mas no que depender de mim, quero apenas verdades e realizações, com aquela dose básica de medo e decepções, artefatos que o futuro reserva para que eu me fortaleça. Quero ser feliz, apenas isso!

segunda-feira, janeiro 14, 2013

O que a vida permite

Mais uma semana inicia, minha última semana com 16 anos.
Vemos diariamente a metamorfose humana...Somos convidados, todos os dias, a nos transformarmos para melhor, a vida nos permite isso.
Não sei, exatamente, como será o amanhã, mas gostaria que as coisas se encaixassem melhor, gostaria que as portas de abrissem e que novas oportunidades aparecessem. Em 2013, terei de escolher o que realmente vale a pena levar a diante e o que tem de ser deixado no caminho, terei de penerar os sentimentos  e diminuir a carga de anseios, angústia.
Muita coisa que, a princípio, parece ruim, com o tempo, torna-se bom. Decepções existem desde que o ser humano surgiu, afinal, estamos propícios a amar e a magoar aqueles que fizeram de tudo para nos deixar felizes. Somos capazes de sorrir e chorar ao mesmo tempo, apesar de, muitas vezes, lágrimas não significarem tristeza e sorrisos, alegrias. Somos uma mistura de sentimentos, uma confusão de emoções que, a cada dia, tornam esse imenso mundo numa aldeia de pessoas diferentes que se aproximam pelo desejo de crescer.
Amanhã, quero olhar para trás e agradecer pelo dia de hoje, apesar de tudo, pois o que realmente importa é estar vivo, ter saúde e o desejo de ser feliz!

terça-feira, janeiro 08, 2013

Brasil: país dos artifícios políticos


Hoje, acordei a pensar no imenso terrítório, o qual chamamos Brasil, nosso país, a nação de inúmeras etnias, o mundo da miscigenação. Desde o princípio, ouvimos falar em mistura de raças, nas diferentes cores que fazem parte do universo brasileiro. Admirável povo, admirável cultura, que, para mim, não representa mais do que um jogo político, um jogo de interesses, onde busca-se privilegiar aqueles que, no passado, foram vítimas de preconceito e violência, por serem considerados a raça inferior, a mistura entre portugueses e indígenas, ou o povo escravizado, os africanos.
Em 2013, porém, nós, gerações do século 21, somos convidados a assistir ao espetáculo do "não ao preconceito", que parte do governo federal, facilitando o acesso dos "inferiores do passado" ao Ensino Superior. Aplausos para a Lei das Cotas!
No Brasil, não se investe em educação, não se investe em políticas conta o preconceito, mas sim, ressalta-se as diferenças, destaca-se, em todos os concursos públicos, que uns possuem capacidade para a aprovação e outros, não. Então, para que o poder seja conservado nas mãos dos "pais dos pobres", cria-se um artifício político com o objetivo de pedir perdão pelas injustiças cometidas no Império e, inclusive, na República brasileiros.
Sou contra a Lei de Cotas, pois a cor da pele não diz que uma pessoa é incapaz de concorrer com outro de cor diferente. Sou branca, estudei o Ensino Médio em escola privada com bolsa integral e tenho certeza que muitos negros, pardos e indígenas entrarão no Ensino Superior com um nível de conhecimento equiparado ao meu ou, até mesmo, inferior. Não fui aprovada em nenhuma universidade pública, tive uma péssima nota na redação do Exame Nacional do Ensino Médio e sei que parte de tudo isso é culpa do governo corrupto que nós, brasileiros, elegemos.
 
Não sou diferente de ninguém. A capacidade de lutar por nossos sonhos faz parte de todo o ser humano, independente de cor, sexo ou idade. Não precisamos de cotas, precisamos de respeito, precisamos de educação de qualidade desde o Ensino Fundamental, para que todas as crianças tornem-se adultos conscientes e satisfeitos com sua identidade pessoal e nacional.

sexta-feira, janeiro 04, 2013

(...)

Inexplicável: a pessoa está longe, distante quilômetros, mas o cheiro, o perfume está perto. Sinto-o e relembro momentos. Momentos tão bons quanto o agora, quanto este momento.

Aprendendo a viver.

Não foi surpresa, não foi a pior coisa do mundo não ser aprovada no Vestibular, afinal, desde o inicio, eu tinha consciência de que eu poderia passar ou não. Não chorei, talvez, tivesse chorado e ficado nervosa se tivesse ouvido ou visto meu nome no listão. Fiquei até calma demais. Há "males" que vêm para o bem...Se for um mal, que tenha vindo para o bem, mas, francamente, não é um mal, não foi uma perda, um fracasso, uma queda. Continuo em pé, firme e forte, pronta para encarar outros rumos, afinal, sou apenas uma criança que, aos poucos, descobre o que é o mundo, quem são as pessoas e aprende a viver.

quinta-feira, janeiro 03, 2013

Chegou a minha vez.

Não consigo parar de balançar a perna direita. É uma sensação incrível de nervosismo que me leva a perder as palavras, a não conseguir terminar as ideias. Que momento! Que angustiante a espera... A cabeça dói, fico imaginando como é ouvir meu nome na lista de classificados, mas, ao mesmo tempo, imagino o que farei se eu não ouvir. As pessoas falam que eu passo, "te liga". Não é bem assim. Deve existir alguém mais propício a ocupar a tal vaga ou não. Espero, espero, espero e é a espera mais angustiante de toda a minha vida. É a consequência de um ano inteiro, ou melhor, de uma vida inteira. Mas, se meu nome não estiver lá, o que acontecerá? NADA, Clarissa. Não acontecerá nada demais, além de uma meia dúzia de pessoas mal intencionadas falarem coisas da boca para fora, pensando ser o fim do mundo não ser aprovado (a) no Vestibular. Preciso de um remédio para dor de cabeça ou será que devo aguentar até o fim? Afinal, chegou a minha vez. Essa angústia, esse medo, essa espera, esse sim ou esse não são meus, é o meu dia, É HOJE! Obrigada, Deus!

quarta-feira, janeiro 02, 2013

Welcome 2013!

2012, em um passado recente, deixou de ser uma oportunidade e tornou-se um "amontoado" de lembranças, sendo que as boas, na maioria das vezes, prevalecem sobre as ruins. Desde ontem, somos convidados a viver a emoção do início de uma nova etapa.
2013, para mim, representa o começo de uma vida diferente. No ano passado, concluí uma fase e, agora, então, resta tomar o rumo certo, buscar ser cada vez mais uma pessoa melhor e fazer os outros felizes.
Desejo aos meus amigos e familiares sucesso em suas vidas, saúde e paz e que sejamos capazes de, em 2013, transformar o mundo numa aldeia de amor e fraternidade. Aos mais distantes, aos "conhecidos", aos que deixei em 2012, àqueles que participaram de minha vida como "platéia", que os erros sejam perdoados e que aproveitemos as novas oportunidades para refazermos laços ou, quem sabe, concretizá-los, afinal, somos todos perante Deus.
Quanto aos agradecimentos, acredito que as atitudes, às vezes, valem mais do que um "Muito Obrigada!" e, aos poucos, em cada conquista, em cada passo rumo ao sucesso, demonstrarei o meu carinho e gratidão aos que apostaram em mim, apoiaram-me e não mediram esforços para que eu alcançasse meus sonhos.
Feliz 2013, queridos leitores! "Um dia no amanhã" permenece vivo em sua essência de palavras no ano novo.